Ditosa que ao teu lado
só por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar,
quem vê, às vezes,
teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes
o podem igualar.
Sinto um fogo sutil
correr de veia em veia
por minha carne,
ó suave bem-querida,
e no transporte doce
que a minha alma enleia
eu sinto asperamente
a voz emudecida.
Uma nuvem confusa
me enevoa o olhar.
Não ouço mais.
Eu caio num langor supremo;
E pálida e perdida
e febril e sem ar,
um frêmito me abala...
eu quase morro...
eu tremo.
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