terça-feira, 21 de outubro de 2008

Delírio - Olavo Bilac


Nua,
mas para o amor
não cabe o pejo
Na minha
a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais,
ela dizia:
- Mais abaixo, meu bem,
quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta
do meu desejo
Fremente,
a minha boca obedecia,
E os seus seios,
tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar
em doce arpejo
Em suspiros
de gozos infinitos
Disse-me ela,
ainda quase em grito:
- Mais abaixo, meu bem!
- num frenesi.
No seu ventre
pousei a minha boca,
- Mais abaixo, meu bem!
- disse ela, louca,
Moralistas,
perdoai!
Obedeci...

Um comentário:

  1. Também ñ poderia deixar de falar dessa,nossa que luocura e realmente deliciosa......rsrsrsrs

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