sábado, 29 de dezembro de 2018

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

terça-feira, 9 de outubro de 2018

E O Silêncio - L.P.V.

Eu quero dizer que,
hoje eu queria beijar a sua boca
de um jeito q te deixaria louca
e que você me xingando
de seu puto, ordinário,
de seu corno, safado
daí morderia seu pescoço, nuca
deixando minha marca
ouvindo você gemer
num tesão louco, pedindo pra eu meter
eu colocaria você de quatro,
arrancaria sua calcinha
ahhhhh minha vadiazinha!
meteria sem dó, laçando seus cabelos,
virando sua carinha de safada...
- fala minha vadia, quem é o seu papito?
 a cada estocada, sua boca eu beijaria
ahhhh minha filhota!
sentindo seu gozo chegando
mais forte, estocando,
você gemendo e dizendo:
- vou gozar, ahhhhh!
eu lembro muito bem
da sua voz à anunciar.
de estocar pararei
e deixarei você sentir o meu gozo
a se misturar com o seu
nossos corpos suados,
corações disparados 
e o silêncio...

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Cio Louco - L.P.V.

Me ajoelharei pra beijar sua buceta
como se boca fosse...
Começarei devagar e vou acelerando
Beberei lentamente seu líquido viscoso
Num cio louco

Felina - L.P.V.

Uma leoa de pelos macios
Como uma felina, chega em silêncio
Mira sua caça, fixa seus olhos na presa
Parte pro ataque, sem piedade
Pula em meu pescoço, me sufoca com suas garras
Ela sabe o que quer...
Sem demora, a caça é realizada
Ela é a leoa e eu sou a caça!
Em um pulo, ela me derruba
Não tenho como escapar
Me entrego e deixo fazer o que quiser
Sou a caça, a recompensa
Com suas garras em cima de mim
Essa leoa me domina...

quinta-feira, 12 de julho de 2018

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Ainda Assim, Eu Me Levanto - Maya Angelou

Você pode me riscar da História
Com mentiras lançadas ao ar.
Pode me jogar contra o chão de terra,
Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar.
Minha presença o incomoda?
Por que meu brilho o intimida?
Porque eu caminho como quem possui
Riquezas dignas do grego Midas.
Como a lua e como o sol no céu,
Com a certeza da onda no mar,
Como a esperança emergindo na desgraça,
Assim eu vou me levantar.
Você não queria me ver quebrada?
Cabeça curvada e olhos para o chão?
Ombros caídos como as lágrimas,
Minh'alma enfraquecida pela solidão?
Meu orgulho o ofende?
Tenho certeza que sim
Porque eu rio como quem possui
Ouros escondidos em mim.
Pode me atirar palavras afiadas,
Dilacerar-me com seu olhar,
Você pode me matar em nome do ódio,
Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar.
Minha sensualidade incomoda?
Será que você se pergunta
Porquê eu danço como se tivesse
Um diamante onde as coxas se juntam?
Da favela, da humilhação imposta pela cor
Eu me levanto
De um passado enraizado na dor
Eu me levanto
Sou um oceano negro, profundo na fé,
Crescendo e expandindo-se como a maré.
Deixando para trás noites de terror e atrocidade
Eu me levanto
Em direção a um novo dia de intensa claridade
Eu me levanto
Trazendo comigo o dom de meus antepassados,
Eu carrego o sonho
E a esperança do homem escravizado.
E assim, eu me levanto
Eu me levanto...
Eu me levanto.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Veneno Sagrado - Maria do Carmo Lobato

Tu és uma puta,
Saudável,
Invejável,
Desejável,
Adorável.
Não és uma puta de bordel
E a cascavel que te habita
Possui um veneno muito especial,
Que, por incrível que pareça, não faz mal
E extasia os teus amantes de uma forma tal,
Que eles contigo se comprazem tal qual
Feras soltas na floresta
E contigo fazem a festa
De te quererem
Por apenas uma noite de seresta,
Pois o prazer que a eles propicias
Nas tuas noites de orgia
Os assusta
E por isso eles fogem de ti,
Pois a eles custa
A degusta deste prazer inexorável.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Mulher - Andréa de Avellar

Dispenso os rótulos.
Por favor, nem pudica nem “putica”.
Nem Sartre, nem Sutra,
nem santa, nem prostituta. Sou mulher.
e sou mulher quando descanso o antebraço na anca
e meu braço flutua, por sobre minha nua cintura
que enlaço em cintos, laços, enlaces, abraços.
Sim, sou mulher.
quando me deito, de cansaço, sono ou desejo
e me refaço em sonhos ou me desfaço em beijos...
Quando escolho o rosa e a rosa,
sou poema e prosa, putz... sou mulher.
quando calço os saltos, visto as saias,
misturo-me a indecência da transparência...
bordados, rendas, brocados.
Pois é, sou mulher.
entre raios, braços, juízos, julgamentos, prantos,
sorrisos, bancos, carros, cigarros, praças, piadas,
cantadas, versos, amassos, canções, ilusões, verdades,
sonhos, choros, sisos, crises, emoções,
haicai, sonetos, acrósticos...
Entra sonsos, adoráveis, pernósticos, 
escravos, senhores, dores, caças, caçadores...
Nossa! Eu sou mulher!!!
E quando for lembrar de mim...
Não force a memória...
Pouco importa, nome, sobrenome, telefone, história...
Lembre apenas que fui o melhor que sei ser...
Uma, mais uma...apenas uma...
Mulher.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Rupi Kaur

Eu não fui embora
porque
eu deixei de te amar.
Eu fui embora
porque
quanto mais eu ficava,
menos
eu me amava.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Poeminha Viscoso - Eliana Mora

Receita - Paulo Mont'Alverne

Eu sonhei com tua pele
E ela cheirava:
Almíscar
Canela
Pimenta.
Tempero e mulher.
Verti memórias em desejos
Cozinhando minha angústia
Nos sumos do teu corpo:
Saliva
Sêmen
Suor
Gemidos.
Fome e fantasia.

Ela - Mirela S. Xavier

Agora que a sede cala
com o suco
do beijo...
E o desejo fala
com o suco
do sexo...
O carinho
espera
a luz
do olhar...

Sou... - Paulo Lins

 

sábado, 10 de fevereiro de 2018

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

A Concha - Ivan Miziara

Da concha
rubra
retiro
fluida
alva
tuas líquidas
sementes
que trago
entredentes
Na concha
rubra
mergulho
com a ponta
do arpão
que perturba
e escuta
teu íntimo
rumor
Na concha
rubra
busco
a pérola
úmida
ardente
que me faz
ser
quem sou

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Frenesi - Fátima Abreu

Só essa palavrapode descrever.
Ações que juntos fazemos, eu e você.
Na geografia desnuda
e detalhada de corpos que se tem mutuamente,
O frenesi se instala no corpo e mente.
Sim, não há outra palavra,
só a que designa o final: ÊXTASE.
No chamado das carnes unidas, 
Eu suando frio, e seu corpo sobre a cama,
labareda estendida.
Sempre foi assim: opostos que se atraem.
O doce e o amargo. 
A claridade do luar e a escuridão da noite.
Eu e você.
Vejo brilho e possibilidade de futura poesia:
Romance.
Você sente. Entretanto, enxerga somente prazer.
Água com sal e açúcar: Soro de lágrima
Ao chegar ao ápice do enlace.
Escorre, única e satisfeita.
Entre gemidos meus e urros seus.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Mulher Marcante... Identifique-se (...) - Jane Corrêa / Nathalí Macedo

A verdade é que se pode reconhecer uma mulher marcante há quilômetros de distância. Sem precisar sentir o perfume forte ou ver o batom vermelho. A mulher marcante dispensa acessórios, é completa em si mesma. Não precisa anunciar-se, por que tem o dom de não passar despercebida. A mulher marcante nunca pretende incomodar, não gosta de provocar a inveja alheia. Um olhar de despeito não torna o seu dia mais alegre, pelo contrário, lhe é indiferente. A mulher marcante sabe bem do seu poder, por isso consegue admirar tranquilamente a beleza alheia, elogiar a grandeza de outrem sem sentir-se diminuída. Vez ou outra ela sai bem vestida e bem maquiada, mas por trás daquilo tudo ainda exala um aroma de naturalidade que encanta. Cultua a beleza porque gosta, mas definitivamente não precisa. A sensualidade está presente, mas não se pode dizer de onde ela vem.
A mulher marcante é, sobretudo, sutil. Ela não grita aos quatro ventos a própria virtude, ela não precisa humilhar outras mulheres ou provocar os ex-namorados. Ela realmente faz toda a diferença. Ela sabe ser dispensada com um ar sensato que faz qualquer galã sentir-se um babaca. Ninguém jamais a abandona sem que se arrependa amargamente pelo resto da vida, e ela guarda um encanto que não deixa espaço pra críticas maldosas. Ela é do tipo que não quebra promessas e não omite os próprios defeitos. Ela se aceita e nunca se desculpa por ser quem ela é. Ela compreende a efemeridade das coisas e das pessoas, mas se recusa terminantemente a ser efêmera. E não poderia ser, mesmo que quisesse, porque ela sempre vem pra ficar. Mesmo depois que vai embora, de alguma forma ela fica, porque é do tipo de mulher que não precisa se fazer presente para ser lembrada.
A mulher verdadeiramente marcante nunca se diz melhor que as outras, embora em muitos aspectos ela seja. Ela guarda os seios bem guardados numa blusinha discreta, em vez de espremê-los num sutiã menor que o seu manequim.
A mulher marcante não se importa de ter gostos peculiares. Ela não segue tendências, mas também não persegue a originalidade a todo custo. Ela não tem vergonha (e nem orgulho) de dizer que gosta do que ninguém gosta, ou que gosta do que todo mundo gosta. A opinião alheia nunca é um problema para ela, porque, verdadeiramente, ela se basta. Sem petulância e sem egoísmo, ela se basta. E por isso mesmo ela não sente necessidade de falar de si mesma, quase nunca.
Esse tipo de mulher sofre constantemente com a inveja alheia, embora, na maioria das vezes, sequer se dê conta. Ela se ocupa em tornar-se alguém melhor e superar os próprios limites, ela gosta tanto de distribuir bons sentimentos que os sentimentos ruins passam despercebidos diante de seus olhos. E isso a torna, de certo modo, inatingível. Embora não queira e não precise incomodar, ela incomoda. E muito. Desperta, na verdade, uma enorme curiosidade em torno do que a faz tão atraente. Pouca gente entende. Não se sabe qual é o traço que chama tanta atenção, ninguém consegue identificar a virtude que a torna tão marcante. Mulheres marcantes são, sobretudo, raras.
É curioso: Quanto mais ela se esconde, mais evidente fica. Quanto mais neutra busca ser, mais marcante se torna. Leveza é o seu sobrenome, mas a sua presença pesa como nenhuma outra.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Luxúria - Paulo Mont'Alverne

Quero descobrir
Teu corpo, teu suor
Percorrendo, correndo
Sem pressa os instintos.
Deixar mãos
Colarem pernas
Marcarem seios
Rasgarem bocas.
Quero tua descoberta
Feita em meu corpo
Na luxúria nossa de cada dia.