segunda-feira, 24 de março de 2014

A Nossa Dança - L.P.V.

Queria eu então 
Dançar com você  
A meia luz
A meia noite
Levar seu corpo
Conduzir sua alma
Numa música 
Fazer você 
Esquecer do mundo
Flutuar 
E só em meus braços 
Acordar

quarta-feira, 19 de março de 2014

Lúcia Duarte

Ah! homem,
se eu pudesse, conter-me,
ardem no ar algazarras dos pássaros,
quando não estás, ardem.
Lamentos de marinheiro
na proa do barco,
em noite densa, escura.
És
passeio excitante,
umedecendo a minha alma,
calma
emoção - fêmea,
na cópula louca.
toda as minhas vontades nua.
Corpos entrelaçados
doçuras da tua boca, ditas,
entre os dentes boca errante
docemente pornográfica,,
num naufrágio de sedas.
Cantas
tamanha ternura, bem-te-vi,
este mais cruel degredo,
estar longe de ti.

Lúcia Duarte

Silencias-me
com a pressão do teu corpo,
urgência do teu desejo.
Depois cai de joelhos
fica atrevido,
boca tumultuada e louca.
Afundas no escuro pelo,
e do meio ,das sombras,
suspiras.
Voz que repercute o vento,
lua nua, a tua,
dizendo-me que minha carne tem encantos obscuros,
que te perdes.
Gestos orvalhados
pétalas molhadas,
relva escura.
Neste poema,
o meu prazer meu caro. é quando,
acendes teu falo farto.
Morres com tua garganta abrasada de desejo.
pelo ar embriagante, sedutor, 
estranhamente perfumado.
Deixo-te ir em vales profundos,
teus dedos errantes,
caminhos,
rosa úmida fulgurante.

Lúcia Duarte

Chuva,
uma mulher,
em êxtases.
No brilho dos teus olhos
desejos febris,
despiu-me refletida nos espelhos,
frissons.
Há música em tua cama
instrumento palpitante em riste,
desces tua boca pelo meu corpo
acendes a rosa.
Lambes o umbigo
onde tento resistir-te,
não consigo.
Prendo-te entre as mãos
entre orgasmos plenos,
lutando contra as ondas
em movimentos lúbricos,
insones.
Mordicas as coxas,
boca que vagueia,
lanterna acesa nestas águas mornas.
Deixas a flor
palpitante, viva,
acostumada a ser invadida.
Pétalas abertas
arfantes,
mesa posta,
aguardando-te na tua primeira refeição do dia.
Eu.

Lúcia Duarte

Diz meu nome
amor,
pronuncia-o obsceno.
Diálogos de carne
milagre de alma,
desejo-te.
Luz de outra parte
escalas meu corpo,
ruas apartadas com a língua,
atravessas-me de um lado para o outro,
enlouquecendo-me.
Que esta nuca
não se acabe,
sede de anáguas antigas,
do teu orgasmo
azul,
eu necessito.
Li que meu ardor não foi em vão contigo,
gosto do gosto do teu gozo,
quero que desças o beijo ao monte de Vênus.
Corpo arisco
cede em prosa e verso,
prazer
quase quântico,
poemas molhados não de chuva
em teu corpo...

Lúcia Duarte

Sol
entre árvores,
esquenta matizes nas folhas, 
da ânsia de ter-te.
Aqui
como tronco de cascas macias,
espero-te,
perfume canela entre as coxas.
Plantada
em teu corpo.
com longas raízes, abraço-te.
De caule
bem longo, o falo,
vento balança a madeira
de veios, veias latejam desejos.
Lascas úmidas,
na raiz do meu corpo,
línguas
desfolham sulcos, que molham,
escorrem tronco abaixo
onde aparo com a boca,
tua seiva.

Lúcia Duarte

Dedilhar
com dedos afeto,
teu rosto suavemente
para te tatuar na retina.
A grande viagem,
espalhafatoso gorjeio de pássaros,
olhos atônitos,
deitei-me sobre um tempo 
que viria.
Passos vincados
no meu corpo,
tua boca rasgando a pele suada
enquanto passeias por meu delta aveludado,
e me afogas em tua absoluta possessão.

Lúcia Duarte

De esguelha,
nossos olhares.
cruzaram-se.
De esguelha,
tua mão deslizando,
notícias novas,
dedos pinçam
meus seios.
Fogos de artificio,
fogueira acesa,
nas beiradas, brasas.
De esguelha,
lábios encostam no monte,
Vênus consente calada.
Gerando frenesis
pernas se afastam.
fazem de desentendidas.
De esguelha,
promessas mudas,
joelhos flexionados,
pagam penitências.
Na cama,
livro aberto,
páginas marcadas,
salivadas.
De frente,
nós dois, emborcados,
um dentro do outro.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Delírios De Amor - Alcione

Você acaba dando um jeito de me dominar
Eu não resisto 
Parece que você foi feito pra me conquistar
Aí eu desisto
Você sabe que eu acabo te dizendo sim
Faz o convite
Abala minhas estruturas faz desmoronar
Toda vez que você vem e me faz um carinho
Sabe que me leva para o mau caminho
Com você adoro tudo e morro de prazer
A cabeça fica louca de te desejar
Minha tristeza vai embora é só você chegar
Sem teu amor, sem o teu chamego não dá pra ficar
Fala pra mim
Diz que não vai me deixar
Jura que vai me levar em cada fantasia
Cada madrugada 
Fala pra mim
Os teus delírios de amor
Contigo eu faço o que for
Adoro essas loucuras que você me diz.

Na Hora Da Raiva - Alcione

Na hora da raiva
Eu lhe disse tudo
Na hora da raiva
Eu rasguei o verbo
E falei de tudo 
Aquilo que sentia
E o que eu não queria
Eu falei também
Levantei da cama e vesti a roupa
Não me conhecia
Estava quase louca
Fui até a porta e antes de sair
Voltei com o pretexto de me despedir
Na hora da raiva
Não pensei em nada
Perdi a cabeça e descontrolada
Peguei minhas coisas, gritei
"Vou-me embora"
Te disse umas tantas 
Só pra te agredir
Mas você me pegou 
Com aquele seu jeito
Me puxou com força
Me apertou no peito
E como acontece quando a gente ama
Me esqueci da raiva e acabei na cama
Você faz de mim o que bem quer
Eu não me importo no que der
Eu quero apenas seu amor
Não importa o jeito que eu vivo
Se sou isso ou sou aquilo
Só sei que sou tua mulher 

Amor Surreal - Alcione

Se ajoelha e me pede perdão
Você vai descobrir o que é bom
Na minha mão
Pra você tudo é tão natural
Nunca vi tanta cara de pau
É surreal
Uma vez quando alguém me falou
Eu não dei o devido valor
E olha aí
A arapuca em que eu fui me meter
Quando eu me envolvi com você
Ensandeci
Você não me merece, eu já sei
Tantos flagras que eu já te dei
E já nem me importa
Tanto faz o que você não fez
Qualquer dia eu acordo de vez
E tranco aquela porta
Mas não quero te dizer adeus
Nem usar o direito que é meu
E te dar o troco
E deixar você livre de mim
Mesmo sofrendo um pouco
E aí
Meu amor que é cego
Reclama do seu amor
E só de pensar em ficar sem você
Coração sente falta
E aí
Deixo tudo pra lá
Eu não sou de guardar rancor
Você é meu carma no bem e no mal
Não sei como posso te amar tanto assim afinal
Se você me maltrata
Eu vou te provar outra vez
Que a mulher
Que te ama sou eu
Mas é bom te lembrar
Por um triz
Você não me perdeu
Você não me merece, eu já sei
Tantos flagras que eu já te dei
E já nem me importa
Tanto faz o que você não fez
Qualquer dia eu acordo de vez
E tranco aquela porta
Mas não quero te dizer adeus
Nem usar o direito que é meu
E te dar o troco
E deixar você livre de mim
Mesmo sofrendo um pouco
E aí
Meu amor que é cego
Reclama do seu amor
E só de pensar em ficar sem você
Coração sente falta
E aí
Deixo tudo pra lá
Eu não sou de guardar rancor
Você é meu carma no bem e no mal
Não sei como posso te amar tanto assim afinal
Se você me maltrata
Eu vou te provar outra vez
Que a mulher
Que te ama sou eu
Mas é bom te lembrar
Por um triz
Você não me perdeu

Dengosa - Karametade

O meu coração 
Estava andando tão enamorado 
Vive a filosofar 
Que amar não é pecado 
Só sei que navegando eu vou 
Por esse mar de rosas 
Gostoso é poder gozar 
Esta paixão
Manhosa, dengosa, gostosa 
Cheirando à flor, cheirando à flor 
Na sua intimidade eu quero 
Madrugar no amor
Não dá pra resistir à tentação 
Teu beijo incendeia o coração 
Esse teu jeito meigo de me olhar 
Me faz sonhar 
É lindo ver você adormecer 
E despertar nos braços do prazer 
Pra gente não tem hora, nem lugar 
Pra se amar
É lindo, bem-vindo 
No sol do teu amor adoro me queimar 
É lindo, bem-vindo 
O banho de carinho que você me dá

Questionário - L.P.V.

Um sonho?
Você aqui.
Uma vontade? 
Beijar sua boca.
Um desejo?
Amar você uma noite inteira.
Um poema?
Não quero você inteira 
Quero você aos poucos 
Pra ter você pedacinho por pedacinho.
Uma realidade?
Amo você.

O Sol - L.P.V.

Ai que vontade  
de entrar no seu mundo 
dele fazer parte  
ver o raiar do sol 
ao seu lado
fazer loucuras 
durante o dia  
e depois em silencio 
nos sentarmos   
vendo o sol se pôr  
contemplando essa beleza  
como se  a montanha engolisse  
a luz do dia num beijo silencioso
aos poucos...

Amor E Raiva - L.P.V.

Na hora da raiva
Te chamei de puta, 
vadia, vagabunda
Você revidava
Cachorro, ordinário, puto
Ameacei um tapa!
Você deu a cara!
Então, minha mão já levantada
Seu rosto segurou
E sua boca beijei...
Você me empurrava
Sem sucesso!
Aos poucos foi se rendendo
E acabamos nossa briga na cama...
Delícia, tesão...

quarta-feira, 12 de março de 2014

Enfeitiçada - L.P.V.

Ela queria se libertar desse amor
Foi dormir pensando: 
Amanhã coloco um ponto final em tudo
A noite parecia não passar
O sono não vinha
Levantou várias vezes
Ele não saía da sua mente
Mas precisava tomar uma decisão
O dia amanheceu
Ela se arrumou, decidida
De hoje não passa
Foi até ele
Ao vê-lo vindo em sua direção
Se esqueceu de tudo que havia decorado pra dizer
Em seus braços caiu
E ele, com aquele jeito de cafajeste a seduzia
Nesse dia, os beijos dele tinham mais gosto
As mãos dele pareciam mais fortes
Ele a segurava com mais tesão
O que ela planejou, já nem lembrava
E pensou: Foda-se
Quero morrer de amor em seus braços
Deixar o tesão me invadir
Gozar em seu corpo
Que feitiço ele tem?