segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ande - Flobela Espanca


Ando a chamar por ti, demente, alucinada,
Aonde estás, amor? 
Aonde... aonde... aonde?
O eco ao pé de mim segreda... desgraçada...
E só a voz do eco, irônica, responde!
Estendo os braços meus!
Chamo por ti ainda!
O vento, aos meus ouvidos, soluça a murmurar;
Parece a tua voz, a tua voz tão linda
Cantando como um rio banhado de luar!
Eu grito a minha dor, a minha dor intensa!
Esta saudade enorme, esta saudade imensa!
E só a voz do eco à minha voz responde...
Em gritos, a chorar, soluço o nome teu
E grito ao mar, à terra, ao puro azul do céu:
Aonde estás, amor? 
Aonde... aonde... aonde?

Um comentário:

  1. Lukas Jr.6/4/10 08:14

    Ando a chamar por ti, demente, alucinada,
    Aonde estás, amor ? Aonde ... aonde ... aonde ?

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