quarta-feira, 19 de março de 2014

Lúcia Duarte

Silencias-me
com a pressão do teu corpo,
urgência do teu desejo.
Depois cai de joelhos
fica atrevido,
boca tumultuada e louca.
Afundas no escuro pelo,
e do meio ,das sombras,
suspiras.
Voz que repercute o vento,
lua nua, a tua,
dizendo-me que minha carne tem encantos obscuros,
que te perdes.
Gestos orvalhados
pétalas molhadas,
relva escura.
Neste poema,
o meu prazer meu caro. é quando,
acendes teu falo farto.
Morres com tua garganta abrasada de desejo.
pelo ar embriagante, sedutor, 
estranhamente perfumado.
Deixo-te ir em vales profundos,
teus dedos errantes,
caminhos,
rosa úmida fulgurante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário