terça-feira, 3 de junho de 2014

Esse Tal De Ciúmes - Beth Nunes

O ser humano carece de uma 
necessidade igual de amor. 
Nessa busca por vezes incessante, 
deparamo-nos com o ciúme, 
sentimento que aparece nas relações familiares, 
amorosas ou de amizades mesmo.
O ciúme é um sentimento pessoal voltado 
unicamente para quem o sente.
Dizem ser mais comum no sexo feminino 
pelos próprios padrões sociais ou porque 
a mulher não se esconde atrás de máscaras.
Muitas vezes o ciúme é provocado pela insegurança, 
pelo medo de se preservar o que não se quer perder, 
pela baixa auto-estima, pela idolatração 
ou projeção no outro do que se desejaria ser.
Entretanto, o ciúme não começa do nada.
Existe um desenrolar como qualquer outra doença.
Normalmente começa quando falta intimidade, diálogo, reciprocidade, atenção, exclusividade ou outro requisito fundamental em qualquer relacionamento.
O ciúme se manifesta na instabilidade do relacionamento ocasionando dúvidas, vingança, 
raiva, vergonha e medo.
A insegurança na relação amorosa começa por haver um afastamento inexplicável, desculpas por não 
realizarem mais juntos o que era comum, 
desinteresse pela vida do outro, mágoas ou 
a falta de parceria na solução de problemas incomuns.
Essas ações geram uma incoerência de conduta.
”Tudo” está havendo sem que ”Nada” seja esclarecido.
Estar longe dos olhos e carregando no coração vira uma desculpa que na maioria das vezes atordoa sem satisfazer.
É nesse momento que começam as cobranças 
e a imaginação ganha forma e voz.
Gera uma sobrecarga porque o outro por sentir-se 
cobrado e pressionado, afasta-se cada vez mais .
Surge a culpa e a tentativa de controlar o fracasso 
na busca desenfreada de uma reaproximação.
A insegurança traz o medo do abandono
e um aumento da carência afetiva.
O ciúme gera um descontrole entre a realidade e a fantasia.
Impõe investigações na vida do outro, vigiando, vasculhando, surpreendendo ou recriminando atitudes que seriam racionalmente compreensíveis.
Em alguns casos, o ciúme não é efeito fantasioso. 
Ele é o alerta de que a relação está minando. 
E se há influência de terceira pessoa foi o vácuo deixado pelo descaso do outro.
Acredito ainda que se esta relação é vivida com 
intensidade e amor e os dois desejam recuperá-la 
é possível torná-la saudável.
Quem ama nunca deixa o outro chegar 
à condição de desespero.
Não deixa o outro estimular a fantasia 
em respostas que não encontra.
Todos suportam a verdade. 
O que não é suportável é o caminho usado 
pela mentira até atingir a verdade.
Quando o ciúme é o leme, é preciso admitir 
que a relação está doente. 
É preciso falar o que aflige.
É preciso ouvir e se colocar no lugar do outro.
É preciso mostrar a importância 
desta relação para cada um.
Não basta parecer honesto.
Urge se fazer honesto.
Cada relação afetiva é como uma plantinha.
 Carece de cuidados, carinho e atenção.
Carece de demonstrações de amor para 
que seja uma vida dupla..
Ou será uma relação vivida apenas por um...

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