terça-feira, 5 de agosto de 2014

Do Êxtase - Madu Dumont

A delicia do amor aguça todos os sentidos.
Transforma o ato de amar em um ritual.
Os dedos procuram lentamente o sexo,
penetram-no, ficam ali,
entre os lábios da vulva.
As pernas se abrem para deixar o sexo exposto.
Não há duas peles com a mesma textura.
Nunca a mesma luz,
sombras, temperaturas,
nunca os mesmos gestos.
Somente o pulsar mudo do sexo e do amor
podem criar o êxtase.
Aventureiro livre e incapturável.
Mãos ativas como bocas.
A embriagues mais bela.
Corpos fundindo-se um no outro,
seios, pênis, ventre, línguas.
Uma luminescência de expectativa e vivacidade
A morte ébria no êxtase.

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