quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Aceita? - Hanna Massaud

O abraço que hoje meus braços
insistem em querer dar.
Aceita meus lábios que quase em oração
Sussurram baixinho pelos seus.
Aceita esse afago, olhar
que moram nos meus.
Aceita nem que por um instante
Todo esse amor errante
Que vagueia em meu
peito cravando seus dedos.
Aceita-me em teus braços,
Me arranca os medos…
Aceita tudo que já seu,
Aceita meu corpo e alma,
que se completam, sem véu.
Aceita o afeto do olhar perdido.
Que buscam os teus…
Aceita esse amor que de nada tem de pecado
Tem do verdadeiro, real, amor revelado.
Quase surreal esse sentir…
Que ultrapassa esquemas, definições e foge aos temas.
Um amor de telas, tintas, letras, pele…
Um amor que se aceita assim todo nele.
Um sentir que nasce tão puro
Irrompe muros, brilha nos escuros…
Que não precisa de métricas, padrões e conceitos.
Apenas existe na essência de seu próprio existir.
Que se basta em mim, se estiver com você.
Aceita esta parte de mim
Meu melhor em prosa ou versos…
Não importa…
Aceitando todo esse jeito de amar
Que seja inverso,
mas que eu viva e seja teu universo.
Aceita meu olhar nos teus.
Me reflita nas retinas interiores.
Que hoje eu consiga mais,
Seja a força reunida de todos seus amores.

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