terça-feira, 25 de novembro de 2014

Inversos - A.D.

Sou poesia solta na tela.
Letras de amor, de paixão.
De vazios.
Sou fantasia, utopia.
Desejo.
Sou vento e tempestade.
Sou flor.
Arrancada do jardim da inexistência.
Pétala joga no nada.
Sou choro repentino.
Riso escancarado.
Sou firme e rocha.
Sou a melodia que não cessa.
A última nota que não é tocada.
Embalo gostoso dos casais apaixonados.
Solidão.
Na noite perversa, em mim.
Sou rima desfeita.
No poema que já foi escrito.
Repetido e único.
Ímpar e igual.
A tantos, a todos.
Nos dias cinzas e sem cor.
Sou letra inventada.
Na pele desenhada.
Riscada, rabiscada.
Lida e ignorada.
Na vida solitária...
De quem um dia, acreditou no amor...

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