quarta-feira, 13 de março de 2013

Insaciável - A.D.

Essa selvagem paixão, que se faz soberana,
Encravou-se em meu peito, de maneira sacana,
Praticando o amor, de uma forma mundana,
Promíscua no ato, tal qual uma insana.
Enlaçou-me de um modo, tão voraz e perfeito,
Fazendo de tudo, com ardência e com jeito,
Pra deixar-me prostrado, num gozo satisfeito,
A gemer convulsivo, lambuzado em meu leito.
Esse amar diferente, que ela veio ensinar,
Sobrepôs meus desejos, e me fez dominar,
Num entregar submisso, sem nada falar,
Aceitando suas taras, para o orgasmo alcançar.
Quando nos devoramos, feitos dois animais,
Somos dois trogloditas, parecendo anormais,
Que extraem um do outro, vibrações colossais,
Elevando-nos ao ápice, dos prazeres carnais.
Seu café da manhã, é um beijo na boca,
Seminua cavalga, com uma fúria tão louca,
Sobre o falo se encaixa, arrancando-me a roupa,
A fazer alarido, aguçando a libido, 
com a sua voz rouca.
Pra matar sua fome, viro super homem, 
a me desdobrar,
Não é uma nem duas, que podem fazer, 
seu tesão aplacar,
O fogo que lhe queima, não é qualquer um, 
que consegue apagar,
E o meu prêmio final, é o olhar triunfal, 
dessa fêmea a gozar.
Repetidos orgasmos, que ela me faz ter,
A excitar-me de um jeito, que só vendo pra crer,
Minhas ereções controlando, a seu bel prazer,
Dita quando e onde, também como fazer.
Insaciável se torna, na hora de amar,
Começando na cama, e não quer mais parar,
Não descansa nem mesmo, quando vai se banhar,
Chamando-me manhosa, pra lhe ensaboar.
Não sei de onde arranca, tamanho tesão,
Meu sexo coitado, em plena exaustão,
Já está calejado, e até viciado, com os toques de mão,
Que ela experiente, em carícia envolvente, 
faz voltar à ereção.
Insaciável amante, a querer sempre mais,
Pra ela os orgasmos, não findam jamais,
Seja dentro da alcova, ou em pleno jardim,
O desejo desperta, pra nova descoberta, 
o que será de mim.

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