quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sucumbida - Amorinn

Arrebatada pelo instinto, 
era assim que sentia-se, 
sempre e em toda a parte. 
Vivia consumida pelo desejo 
que lhe irrompia florescente na pele 
como que implorando para ser saciada. 
Deixava-se dominar pelas paixões, 
deixava-se embrenhar nos apelos do corpo 
que não lhe davam  descanso. 
Sentia-se atraída pelos prazeres carnais, 
em todas as suas formas, 
em todos os seus mais concupiscentes apelos, 
incitando a libido ao comportamento 
desmedido do insaciável. 
Procurava, incontrolável, satisfazer a lascívia 
que sentia surgir no íntimo do seu ser, 
ambicionando provar tudo, experimentar tudo, 
não deixar um sabor por degustar, 
um corpo por profanar, uma pele por lamber, 
um líquido por saborear, um grito por calar. 
Sucumbia à libertinagem, ao sexo despudorado, 
ao roçar das carnes, ao ímpeto do desejo 
e da concupiscência. 
Vadiava, fornicava, fodia, consumia, gozava, 
numa masturbação desregrada, egoísta  
e insaciável do seu corpo 
e dos que lhe eram oferecidos para fruir. 
Excessiva, passional, erótica, sensual, 
consumava o desejo e a satisfação 
numa absoluta e inegável luxúria.

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