terça-feira, 16 de julho de 2013

Aceita Um Cafezinho? - Beth Nunes

Amores, desamores, dúvidas, certezas, novidades 
e muito mais são partilhadas até a exaustão 
nas nossas pequenas máquinas.
Assim também amizades...
Não menos importantes porque são pessoas reais com sentimentos...
Embora a amizade como qualquer outro
sentimento virtual sempre serão diferentes. 
Porque não é como abrir a porta e ir em busca de esclarecer 
um desentendimento ou correr para um abraço fraterno.
Encontramos de tudo aqui também na virtualidade.
Pessoas mentirosas, manipuladoras, agressivas, 
que se omitem, que se escondem, sonsas, coitadinhas, 
vítimas, donas da verdade, justiceiras ou fofoqueiras.
Aqueles que por vezes julgamos tão amigos, 
o sentimento não é recíproco.
Reclamam das cobranças, das atitudes ou das broncas. 
Mas bater papo ou conviver virtualmente 
é só quando se está bem?
Carinho, afeto e amor não fazem mal aos dedos de ninguém.
Nem só de gargalhadas ou de tesão vivemos.
Nesses casos, a melhor solução é o desprezo.
"O amigo de hoje é o inimigo de amanhã."
Destruir é método rápido.
Muitas vezes um pingo invalida toda uma escrita.
O silêncio como resposta e a confiança de que o TEMPO, apesar da modernidade, continua sendo o senhor da razão.
Mas encontramos nossas pérolas que brilham em cada contato.
A autenticidade com que opinam nos nossos problemas nos faz ainda acreditar que nem tudo é movido à hipocrisia.
Uma amizade virtual não olha nos olhos ou afaga mãos.
Amizade é também palpável?
Ela conhece o caminho do coração e acaricia a alma.
Conduz nossa lágrima mesmo que não a veja nunca. 
Conhece nosso choro no sentir.
Erra e acerta junto. 
Aprende e perdoa.
Partilha e recomeça...
Somos respeitados na nossa essência e nela desnudados.
Olhamos para a telinha e sorrimos com sua chegada e nos preocupamos com sua ausência.
Ecoa o riso no digitar do teclado.
Irradia a afeição nas palavras enviadas.
Tornam-se confidentes diante da confiança depositada 
e superam a consanguinidade.
Não carecem ser iguais ou parecidos.
Precisam ser leais ainda que não sejam fiéis.
Portanto, nesse imenso tempo que ficamos nessa máquina fria, não há o que temer ou negar os sentimentos fortes que nascem daqui.
Ainda que momentâneos pois nem eterna é a existência.
Em cada “toque” pulsa vida e cada forma de manifestar depende unicamente daquilo que você realmente é.
Ainda que as máscaras demorem a cair.

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